Mala de Gaja

Dizem-se (nomeadamente as pessoas do sexo masculino) muitas coisas àcerca das malas das gajas: que trazem este mundo e a cabeça do outro, que são pesadas, que parece que vamos de viagem 7 anos e quiçá (dasse quiçá é luxo, tou cada vez melhor, já me começo a considerar uma Amália da escrita) nem regressaremos! Mas o que é certo é que quando precisamos da coisa mais inútil, que em determinada situação se torna na coisa mais útil (que bonito este jogo de palavras) é na nossa mala que a encontramos, e ficamos orgulhosas, até um nadinha inchadas, tb devido ao facto de iogurtes da Activia - Danone estarem cada vez mais caros e nós preferirmos comprar da marca do modelo, porque aquilo dos Activia desincha mesmo, pq eu incho muito e como um iogurte e é efeito balão quando se lhe tira o ar (momento bonito sem qualquer tipo de patrocínio por parte da Danone). A minha mala não é diferente das malas de todo o universo feminino. Hoje mesmo fui atacada por um surto matinal de fome pouco normal, e pensei deixa cá ve se encontro uma cascas de pistacho para me entreter, visto que nós os refluxados nem pastilhas podemos saborear, e não é que exactamente por debaixo da minha agenda e ao lado do roll on = instrumento de urgência em situações graves, tais como, aparecimento de anões mortos debaixo dos braços, nomeadamente nas axilas, estava uma banana tão lindinha, amarela, mas sobretudo castanha, pois já estava a pernoitar na minha mala há alguns dias e a minha mala tem solário, se a banana entra amarela é certo que sai castanha. E pensei cá pra mim e pro meu decote (porque hoje não tenho botões a não ser os dos calções, mas como estão muito longe porque sou alta pa burro pensei logo com o decote que tá assim mais à mão) sou um ser tão prevenido, tava-me mesmo a apetecer uma bananinha quase podre! E comia-a cheia de orgulho, satisfação e inchada porque não ando a comer os iogurtes Activia.

No entanto existem coisas deprimentes nas malas femininas, e eu não sou excepção. Dentro de uma bolsinha onde tenho todo o material necessário à vida das minha partes baixas, tenho um BUDA horroroso, gordo e com o qual me assusto frequentemente, e pergunto-me eu: Porquê? Porque dá sorte dahhhhhhhhhh! Este podre senhor de plástico, gordo, careca e meio despedido dá sorte! E quem mo deu disse que jamais o poderia deitar fora, então cada vez que necessito de algum instrumento de limpeza das partes baixas dou de caras com o senhor e apanho um susto de morte, mas é um susto de sorte!