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No passado sábado de manhã (sim pq se às vezes me esqueço que sou uma mulherzinha, outras vez há que me tenho que lembrar à força que o sou, nomeadamente quando abro o frigorifico e não encontro os iogurtes que quero, o fiambre de peru que dizem que é mais saudável, porque ao contrário do porco, o peru em vida fez jogging, comia soja e lentilhase bebia actimel de morango, entre outras coisas essenciais à minha sobrivivência refluxal) fui ao supermercado o qual não digo o nome (uma pista fica em frente ao Fabio Lucas, entre a 2ª circular de Alenquer - Carregado - e o Stand da Metubichi) e lá vivi toda uma aventura de pequenos acidentes civilizacionais, vulgarmente chamados de má educação. São vários os locais geradores de má educação no supermercado, mas no meu caso fui vitima apenas num. A balança de pesar a fruta!! Depois de estar 34 minutos a escolher as maçãs que ainda não estavam podres fui civilizadamente pesá-las, e qual não é o meu espanto quando chego à balança e não se encontra lá ninguém à espera, eis que de repente sou abaldroada por um ser vivo de olhos muitos grandes, boca de esfregona seca ao sol, peso aproximado 130 kgs, e através do seu grande, largo e cheiroso braço (cheiro que se assemelhava a atum podre de há 3 meses) coloca a sua fruta na balança passando descaradamente à minha frente! Achei por momentos que se tratava de uma atleta paralímpica, e se assim fosse dava-lhe de imediato os meus parabéns, mas depois percebi que aquele mau aspecto todo era somente a apararência física daquele pobre ser humano, que ainda não percebeu que existem pinças, cera depilatória, champoo, gel de duche!
Ainda inocentemente lhe disse "ó vaca passaste-me à frente"mas devo ter errado no nome que lhe chamei e ela não percebeu que era pra ela! Aproveito este espaço para pedir desculpa a todas as vacas, pois comparei aquela ventoínha sem motor a uma pobre vaca!